O Número Sequencial Único – NSU é um código alfanumérico que serve para identificar uma transação de forma única e sequencial. Este número tem geração automática pelos sistemas de processamento de pagamentos e emissões de documentos eletrônicos. 

Continue a ler para entender mais sobre o NSU, para que serve e como utilizá-lo. 

Para que serve o NSU? 

Por identificar transações, o NSU serve também para acompanhar e verificar a autenticidade delas, ajudando a prevenir fraudes e garantir a segurança das operações financeiras e fiscais. A cada vez que uma transação acontece, gera-se esse número de identificação.

Com relação aos documentos fiscais, o NSU funciona como uma identificação única para cada documento com cadastro na SEFAZ. Também se utiliza ele para distinguir cada evento relacionado aos documentos fiscais. 

Dessa forma, a SEFAZ atribui um código exclusivo para cada tipo de evento relacionado ao documento fiscal, como por exemplo: autorização de emissão, carta de correção eletrônica, cancelamento, prestação de serviço em desacordo.

Onde encontrar o NSU?

O NSU aparece nos comprovantes de transação que as operadoras de cartão de crédito ou débito emitem, nas faturas ou extratos bancários e nos documentos fiscais eletrônicos. Seja este documento uma NFe, CTe ou MDFe, a partir de sua emissão e recebimento no ambiente nacional da SEFAZ, a ele atrela-se um código numérico específico. 

Quem principalmente utiliza esse identificador são os estabelecimentos comerciais, instituições financeiras e operadoras de cartão de crédito. Para, assim, monitorar e rastrear as transações, garantindo a segurança e transparência do processo de pagamentos e emissão eletrônica de documentos fiscais. 

Como é gerado o Número Sequencial de uma NFe?

O Número Sequencial Único de uma Nota Fiscal Eletrônica tem geração de forma automática pelo emissor da nota. Esse número é um identificador único para cada NFe emitida e tem a finalidade de controlar e rastrear o documento eletrônico.

Todo número de identificação vem de um número inicial, ao qual é adicionado um seguinte. Assim, a cada novo documento fiscal eletrônico, incrementa-se ao NSU uma unidade para garantir a unicidade do número.

A importância do NSU

O Número Sequencial Único também auxilia na emissão de duplicatas de uma mesma NFe. Além disso, facilita a busca e localização de documentos e garante a integridade e segurança das informações que a Nota Fiscal Eletrônica contém.

A importância do Número Sequencial Único está na sua capacidade de fornecer uma identificação única e sequencial para cada transação, pois permite:

  • facilitação da reconciliação de pagamentos
  • a detecção de fraudes 
  • resolução de eventuais conflitos entre as partes envolvidas. 

Além disso, o NSU também pode ser útil para auditorias internas e para a prestação de contas às autoridades reguladoras do setor.

A implementação do Número Sequencial Único

A implementação do NSU ocorreu em outubro de 2021 com a publicação da alteração da Nota Tecnica 2014.002. Dessa forma, afetando de maneira direta as normas de criação e conservação de Números Sequenciais Únicos – NSUs. 

Antes da publicação da versão 1.10 da Nota Técnica 2014.002, a geração do NSU acontecia para qualquer CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoal Jurídica e para todos os documentos fiscais eletrônicos que estivessem sincronizadas com o Ambiente Nacional. Isso tornava possível a consulta e o download integral de notas fiscais dos últimos 90 dias, sem verificar o acesso de cada usuário à web service.

Com isso, bastava uma única solicitação de consulta a cada três meses para ter acesso a todas as notas emitidas nesse mesmo período.

Regra atual NSU para documentos eletrônicos

Realiza-se a atualização de NSU somente para CNPJs que estejam ativos e tenham se conectado pelo menos uma vez nos últimos 60 dias à web service de distribuição de DFes da Sefaz de origem daquele documento fiscal eletrônico.

Dessa forma, pode haver a falta de histórico de notas sincronizadas com o Ambiente Nacional para novos usuários do serviço ou para aqueles que fizerem uma pausa de 60 dias ou mais em sua utilização.

Com isso, o acesso a novos documentos e a notas antigas tem relação direta à frequência de uso do web service de distribuição de DFes. Além da frequência de utilização para a geração de NSU, a Sefaz de origem daquele documento fiscal eletrônico também estabelece diversas diretrizes para a apresentação de dados durante uma consulta em seu serviço web de distribuição de DFes. Por isso, é fundamental atualizar-se com as normas das Notas Técnicas a fim de compreender seu impacto no acesso aos documentos fiscais.

Identificando NSU em uma NFe

Para identificar o NSU em uma nota fiscal eletrônica, basta abrir o arquivo XML e procurar pelo campo “nNF” ou “nNF” (número da nota fiscal). Em seguida, identifique o campo que contém o número sequencial único, que geralmente aparece como “NSU” ou “nNF”. O valor desse campo é o NSU da NFe.

Exemplo de NSU em uma NFe:

Tabela

Descrição gerada automaticamente com confiança baixa

É importante lembrar que o NSU é um campo obrigatório e único para cada NFe. Ele serve para identificar de forma exclusiva cada documento fiscal eletrônico no ambiente da Receita Federal.

Podemos concluir que o NSU pode nos auxiliar muito nos processos internos de controle, sejam processo fiscais ou financeiros, pois trazem segurança e autenticidade nos processos.

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Escrito por Camila Oliveira

Autora certificada Vamos Escrever, é bacharel em contabilidade e pós-graduada em Controladoria e Gestão de Tributos. Possui mais de 14 anos de experiência na área tributária em todas as rotinas fiscais de análises e apurações de tributos diretos e indiretos. Também é professora de Contabilidade Introdutória, Comercial e Tributária. Apaixonada por animais e motociclista. 📩camilaoliveira@vamosescrever.com.br Saiba mais sobre o autor