Fatores de crescimento para Startups: investimento, parceria e cultura de inovação - Arquivei
mão de homem com camisa social desenhando um gráfico de fatores de crescimento
Publicado em

maio, 2022

Fatores de crescimento para Startups: investimento, parceria e cultura de inovação

Fatores de crescimento de startups: investimento, parceria e cultura de inovação.

Gestão de Empresas



Processos Internos

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Você sabe quais são os fatores de crescimento de uma Startups? Conforme a pesquisa da Abstartups, de 2015 até 2019, o número de startups no país mais que triplicou, passando de 4.151 para 12.727 (um salto de 207%).

Entenda aqui quais foram os fatores de crescimento favoráveis para esse cenário das Startups.

1. O que é e como funciona uma Startup?

Diferente do que muitos pensam, uma startup não necessariamente precisa estar envolvida apenas com o mundo digital. Na verdade, startup é um modelo de negócio escalável com grande potencial e fatores de crescimento, considerando cenários de dores do mercado, incertezas, soluções e, principalmente, inovações. 

Existem muitas definições sobre o que realmente é uma startup. Alguns dizem que toda empresa pequena é uma startup, enquanto outros a definem como um negócio de baixo custo de manutenção e com crescimento exponencial.

Enfim, para além das diversas definições, trazendo o significado da raiz da palavra, startup significa iniciar algo.

2. O início das Startups

As startups começaram com a bolha da internet em meados de 1996 a 2001, quando a alta das ações das empresas de tecnologia da informação e comunicação deram um “boom”.

Com isso, o termo startup começou a ser utilizado com o propósito de unir pessoas para desenvolverem ideias diferentes e lucrativas. Agora que você já sabe o que é uma startup, vamos ver quais os tipos de startups existentes.

  • B2B (Business to Business) – em tradução livre, significa “negócios para negócios”. Basicamente, nesse modelo, a startup atende outras empresas, como o caso da 99, que tem um serviço corporativo.
  • B2C (Business to Consumer) – nesse caso, trata-se de negócios para consumidores finais, ou seja, é uma startup que atende diretamente os clientes, como a Uber.
  • B2B2C (Business to Business to Consumer) – aqui, a startup atende os dois pontos do consumo: empresas e consumidor final.

Para além dos modelos de negócio, existe outra classificação do tipo de startups, que é conforme sua atuação. Por exemplo, startups do nicho da saúde são reconhecidas como healthtechs; já as que atuam no mercado de finanças são as fintechs.

Com o desenvolvimento das startups e o crescimento exponencial dessas atuações, houve uma maior movimentação no mundo dos negócios e da economia mundial. Assim, essa dinâmica faz com que empresas de todos os ramos e tamanhos saiam da zona de conforto, trazendo mais agilidade nas soluções, mais humanização no contato com os clientes e ainda possibilita a geração de valores para os consumidores.

3. Fatores de crescimento

Como citado anteriormente, dá para perceber que as startups têm características diferentes de empresas que atuam no “mercado comum”, ou seja, não atuam com escala de produtos.

Se pegarmos exemplos de grandes startups, como Nubank, Uber, Airbnb, Rappi e Mercado Livre, é possível notar que não são empresas que estão inseridas nos moldes desse mercado comum e alguns fatores de crescimento se repetem nesses exemplos.

Ou seja, é justamente por isso que conseguiram criar serviços inovadores.

E também é por isso que todas elas cresceram exponencialmente; porque olharam para o mercado, diagnosticaram uma inconformidade em empresas desses ramos e trouxeram soluções disruptivas. Da mesma forma, há a centralização do cliente, o objetivo é vender em grande escala e ainda atuam em mercados de incertezas.

A seguir, para entender melhor o sucesso dessas empresas, vamos conhecer com detalhes as características dos fatores de crescimento de uma startup.

3.1 Modelo de Negócio Inovador

O modelo de negócios é uma maneira de trazer detalhadamente a geração de valor que a empresa entregará ao mercado, ou seja, como ela solucionará a dor do cliente tendo lucratividade.

Assim, a grande diferença das startups é trazer para o mercado um novo modelo de negócio ou recriar algum já existente, aplicando melhorias.

3.2 Fator de crescimento: repetível e escalável

Esses são dois chamariz das startups, pois essa característica traz várias vantagens competitivas, visto que a promessa é atingir um grande número de clientes e gerar lucro de forma bem rápida.

Dentro desse conceito, a startup busca entregar o mesmo produto em uma grande escala ilimitada, deixando as customizações e adaptações em segundo plano.

3.3 Cenário de incertezas

Pelo fato das startups trazerem um diferencial/fatores de crescimento, que são os modelos de negócio disruptivos, não há um capital de risco para “bancar” essa empresa até que sua receita comece a ser gerada. Por isso tanto se fala nas rodadas de investimentos, pois o cenário ideal seria a startup sobreviver até a aprovação do seu modelo de negócio.

Nesse ponto, é importante citar uma das principais soluções para conseguir essa aprovação: o MVP (Produto Mínimo Viável). Basicamente, seu objetivo é trazer a solução ao mercado e entender se o cliente realmente gastaria com esse novo produto.

4. Tríade do Empreendedorismo

Sabemos que o empreendedorismo vem ganhando mais força a cada dia. Mas, para que a empresa tenha sucesso, ter apenas uma boa ideia não é suficiente. Como assim?  

Dentro do empreendedorismo, fala-se sempre sobre três pilares, que são: oportunidade, vontade e habilidade. Para compreender melhor esses pilares, confira o seguinte exemplo.

Se um empresário quer abrir o próprio negócio (um restaurante, por exemplo) e ele, durante a vida profissional, trabalhou em importantes e renomados restaurantes, isso trará habilidades. Por sua vez, quando ele vislumbra um nicho mal atendido, como marmitas fitness, isso é uma oportunidade identificada.

O empresário, ao acreditar e colocar em prática a sua ideia e posteriormente obter sucesso no ramo, traz à tona a vontade de realizar o seu grande sonho.

Além dos pilares que são cruciais para sua startup, há uma ferramenta que fará toda a diferença para o negócio, que é a tríade do empreendedorismo: MIG.

A sigla corresponde aos princípios de marketing, inovação e gestão, o conjunto perfeito para o sucesso da empresa.

O marketing traz a importância de ter o foco no cliente, na jornada desse usuário e, ainda, gera experiências para a fidelização à empresa, além de trazer um posicionamento na geração de valor.

Da mesma forma, a inovação busca gerir os fatores de crescimento que trarão resultados financeiros, reduzindo custos e gerando valor ao cliente. Isso pode estar ligado aos processos, estratégias, comportamentos do consumidor, ambientes, entre outros.

Por sua vez, a gestão irá trabalhar no desenvolvimento dos recursos dentro do seu negócio, gerenciando pessoas e processos para alcançar os objetivos de forma eficaz e eficiente.

Portanto, para que sua empresa decole, desenvolva habilidades, identifique oportunidades e tenha vontade de fazer tudo de maneira diferente e inovadora, é essencial colocar o MIG em ação.

5. Análise de Mercado

Um dos principais pontos que um investidor analisa para decidir se irá investir na startup, é o potencial exponencial, ou seja, como está o mercado que essa startup está inserida, qual o tamanho dele, quais os concorrentes etc. Por isso, fazer uma análise minuciosa de mercado é crucial para as startups.

Nesse sentido, para os empreendedores que querem investir nas startups, é importante analisar alguns pontos que farão toda a diferença para o sucesso do negócio. Entre esses pontos, pode-se citar o tamanho do mercado, o timing, o futuro do segmento que a startup está inserida, o posicionamento estratégico e a análise competitiva.

Quando falamos sobre startups, uma das primeiras dúvidas que vem à mente é como convencer um possível investidor (pessoa ou empresa) que a ideia disruptiva fará um estrondo de crescimento no mundo dos negócios?

Sem dúvida nenhuma, a solução para essa pergunta está no conhecimento do empreendedor sobre cada detalhe na análise de mercado, em que ele mostrará confiança ao investidor por meio de todos os dados colhidos e informações reunidas.

A falta dessa análise minuciosa pode demonstrar ao investidor que o empreendedor tem pouco conhecimento sobre o mercado em que está iniciando, podendo ser prejudicial à negociação de investimentos.

Trazendo ainda a perspectiva do investidor, a primeira análise é o tamanho do mercado que a startup atuará. Isso porque é essencial avaliar se o negócio tem potencial suficiente para que a empresa possa crescer e escalar. Em termos técnicos, essa análise é chamada de market size.

Além disso, também é utilizada a metodologia TAM-SAM-SOM, em que é possível fracionar o segmento e estimar o financeiro a longo prazo. A seguir, vamos analisar cada uma das vertentes da metodologia.

5.1 TAM (Total Available Market – Mercado Total Disponível

Nessa análise, verifica-se:

– Desse total do mercado, qual a fatia que realmente utilizará o produto?

– Qual a expectativa de faturamento?

5.2 SAM (Serviceable Available Market – Mercado Endereçável)

A vertente SAM é um aprofundamento do TAM, que, para conseguir medir qual a real fatia do mercado que a startup conseguirá atrair, leva em consideração a região, as especificidades do produto e o crescimento do mercado.

5.3 SOM (Serviceable Obtainable Market – Mercado Atingível Endereçável)

Nesse caso, é possível prever a realidade de captura do mercado, levando em consideração a concorrência, a distribuição e os canais de vendas, as influências do mercado e a localidade.

Para a realização dessa metodologia, é possível utilizar duas abordagens: top-down e bottom-up.

Na Top-down, colhe-se informações de dados já existentes na internet. Esse método costuma ser utilizado para calcular o TAM.

Já no Bottom-up, os dados são internos, transformando-os em informações exclusivas, sendo possível determinar o SAM e o SOM, visto que se busca trazer um cenário realista. 

Todos esses processos e informações são desenvolvidas pelo empreendedor para trazer conhecimento sobre o mercado em que está atuando e, consequentemente, conseguir atrair o investidor por meio do retorno financeiro, visto que esse é um dos seus maiores interesses.

Sem contar que, se o mercado for relativamente pequeno, o crescimento da startup nunca será significativo, pois o tamanho será uma limitação para o sucesso. 

6. Timing e Modelo de Negócio

Outra análise muito utilizada é o timing, que mensura quanto que o mercado em que a startup está inserida ainda crescerá, se estará dentro do crescimento dos parâmetros do mercado, para baixo ou para cima da média.

Quando se fala em timing, é necessário avaliar os concorrentes diretos e indiretos. Por exemplo, levando em consideração uma empresa que iniciou há um tempo em um determinado mercado e hoje já está liderando, e o empreendedor quer iniciar uma nova startup nesse mercado de empresas consolidadas, é preciso observar que, provavelmente, o seu timing já passou.

Além disso, o timing de alguns produtos também são temporários, como as massinhas gosmentas chamadas de slime. Mas existem outros produtos que vêm para ficar e conquistar o mundo, como os bancos digitais.

Portanto, nota-se que a análise de mercado e o modelo de negócio andam juntos nessa caminhada, pois o modelo de negócio traz as suas estratégias para conquistar o mercado, além de mostrar a ascensão dele.

Da mesma forma, o modelo de negócios também mostra as hipóteses e testes sobre o mercado e seus potenciais cenários, possibilitando que o  empreendedor demonstre autoridade e conhecimento aos investidores.

7. Análise Competitiva

Dentro da análise competitiva, há diversos pontos que o investidor leva em consideração e que fazem toda a diferença na tomada de decisão.

O primeiro ponto se refere à concorrência da startup. É preciso mostrar quem são seus concorrentes em uma esfera direta e indireta, qual o seu diferencial em relação a eles e qual é a sua estratégia para captar os clientes desse concorrente (go-to-market). 

O segundo ponto que é levado em consideração junto à análise de concorrência é o funding (financiamento). Caso seu concorrente já tenha levantado algum funding, estude quanto foi e de onde veio esse financiamento, assim os investidores entenderão se há apetite por esse mercado.

Também é importantíssimo apresentar se há benchmarks (marca de referência) fora do Brasil. Com isso é possível avaliar se há a possibilidade de internacionalizar a startup.

Para concluir, você deve ter percebido que o requisito obrigatório e decisório é a análise de mercado. Com ela, você estará munido de fatos e dados para apresentar ao investidor todas as possibilidades de ganhos e retornos que ele terá ao fundir essa parceria com você por meio da startup.

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