Setor alimentício é afetado pela crise do Covid-19 - Arquivei
Publicado em

maio, 2020

Escrito por

Lucio Roberto

Setor alimentício é afetado pela crise do Covid-19

Confira de que forma a pandemia do Coronavírus afetou o setor alimentício brasileiro e quais as medidas tomadas pelas empresas do ramo.

Fiscal


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A pandemia do Coronavírus – Covid-19 – ocorrida neste ano gerou uma série de consequências para a economia brasileira e mundial e, assim como diversos setores, o setor alimentício tem enfrentado uma  situação sem precedentes. 

Em decorrência da contaminação gerada pela doença os órgãos governamentais adotaram medidas de distanciamento e isolamento social. Dessa forma, a paralisação da sociedade diante do Covid-19 tem forçado as empresas desse setor a utilizarem diversas medidas nunca antes vistas.

1 – Importância do setor alimentício para a economia brasileira 

O setor de alimentação representa uma importante categoria para a sociedade e economia brasileira. De acordo com dados apresentados pela  Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA), a indústria de alimentos – que abrange a produção de produtos alimentares e bebidas – faturou cerca de 700 bilhões de reais, em 2019, que corresponde a 9,7% do  Produto Interno Bruto do Brasil (PIB)  e 24,4% da indústria de transformação. 

Desse setor industrial, em 2018, temos os seguintes dados:

    • 78,9% correspondeu a microempresas;
    • 14,5% a pequenas empresas;
    • 4,9% a médias empresas;
    • 1,7% a grandes empresas.

1a – Canais de distribuição da indústria de alimentação.

No mercado brasileiro temos basicamente uma divisão com duas vertentes para os canais de distribuição da indústria de alimentação, são eles: 

    • Varejo alimentício: O varejo alimentício caracteriza-se pelos comércios, supermercados, atacarejos, entre outros.
    • Food Service:  Já o Food Service representa o mercado que envolve toda a cadeia de produção e distribuição de alimentos, desde insumos, equipamentos até serviços.

O Food Service corresponde aos estabelecimentos que preparam e fornecem refeições efetuadas fora do lar. Além disso, também é considerado Food Service o alimento que é comprado pronto para ser consumido em casa, seja indo a um estabelecimento físico ou usando serviços como delivery.

O setor alimentício movimentou no ano de 2019 cerca de 375,3 bilhões de reais e o Food Service 185,2 bilhões de reais, correspondendo respectivamente a 67% e 33% em participação no mercado interno.

O volume das movimentações apresentadas acima demonstra a importância que esse setor tem para o país. Além disso, o setor alimentício gerou em 2019 cerca de 1,6 milhões de empregos nas indústrias de bebidas e alimentos industrializados, o equivalente a 23,1% da indústria de transformação.

2 – Setor industrial afetado pela pandemia do Covid-19

As indústrias de transformação de alimentos e bebidas são consideradas uns dos primeiros elos da cadeia produtiva. Nesse elo, estão as indústrias que muitas vezes recebem a matéria prima proveniente da agricultura e pecuária, e executam o processo de transformação, seja de produtos finais ou que elaboram outras matérias primas para serem utilizadas por outras indústrias e empresas. Considera-se aqui, principalmente, a produção que atenderá em sua maioria as negociações do mundo “business to business”.

O isolamento social necessário para o achatamento da curva de contágio do Covid-19 tem provocado nas indústrias uma reação em cadeia. Uma vez que o consumidor diminui o consumo, então diversos elos da cadeia produtiva são comprometidos.

Diante disso, inúmeras empresas têm visto seus estoques manterem-se significativamente altos, com quantidades de matérias-primas vencendo ou ficando impróprias para o consumo e/ou processamento.

Por exemplo, já há grandes indústrias que produzem para o setor de food service com tanques de 8 toneladas de produto, em média, por não terem onde estocar. 

Temos visto que os cancelamentos de pedidos são frequentes e se avolumam. Além disso, muitos clientes têm solicitado que seus títulos de cobranças sejam postergados ou parcelados. 

Os casos tomam maiores dimensões já que muitas dessas indústrias negociam as suas matérias-primas em outras moedas, como por exemplo: dólar ou euro. Não bastando terem que negociar em moedas que só tendem a valorizar e apresentarem alta em relação ao real, ainda há a questão da diminuição e até escassez de muitas matérias-primas, já que vêm de outros países que também estão sofrendo com a pandemia mundial causada pelo Covid-19.

3 – Campanhas da indústria alimentícia durante a pandemia

A indústria alimentícia funciona muito por campanhas, principalmente por datas comemorativas, tendo como exemplo: Páscoa, Natal e etc. Ao analisarmos o caso específico da Páscoa, tivemos as indústrias de chocolates, que ficaram com seus produtos estocados e, outros vários estragados, e acabam tendo que destruí-los, projetando um grande prejuízo. 

Na campanha de Páscoa, temos grande consumo de peixes, o que gera um aumento na demanda nesta época do ano. Neste ano, a indústria de pescados sentiu grande diminuição desta demanda, em alguns casos, baixou em cerca 80%.

 À vista disso, caso o isolamento social ainda permaneça por muitos meses, existe grandes chances do comprometimento da campanha de Natal, mais especificamente, da fabricação de panetones. 

3 a – Campanha de natal já se preocupa.

No mês de dezembro temos o grande consumo de panetones, em decorrência disso neste mês e nos meses antecessores muitas indústrias produtoras das matérias-primas desse produto começam a se organizarem. Mesmo estando ainda no fim do primeiro semestre, se organizam para que haja tempo de promoção e venda dos produtos. 

De acordo com o estudo realizado pela Kantar Worldpanel, mais de 29 milhões de famílias consumiram panetones de novembro de 2017 a janeiro de 2018, atingindo 53,2% dos lares. Dentro dos dados apresentados, destaca-se maior consumo na classe AB1 a mais alta.  

Na região da grande São Paulo, o indicador de consumo chegou a 78%. A informação divulgada evidencia a importância do produto para a indústria de pães e bolos.

4 – Setores de alimentação e suas rotinas diante da pandemia

Embora a demanda de diversas indústrias tenha diminuído, muitas outras não tiveram as suas rotinas alteradas, e ainda tiveram uma crescente busca pelo consumo de seus produtos. 

Como é o caso de grandes indústrias de pães ensacados, uma vez que a população tem se mantido em isolamento, a compra por pães embalados aumentou – em decorrência de possuírem mais tempo de prazo de validade.  É comum ir ao supermercado e perceber que o setor de pães embalados está mais movimentado e muitas vezes mais vazio. 

Por fim, é possível perceber, assim como em outros setores da economia, os efeitos dessa pandemia tem recaído mais severamente sobre as micro e pequenas indústrias, uma vez que essas possuem menos possibilidades de se manterem paradas, e/ou com demanda reduzida por muito tempo. 

O risco de fechamento dessas pequenas indústrias é iminente, o que fragiliza a cadeia produtiva de alimentos e, por conseguinte, a economia. Afinal mais de 75% das indústrias de alimentos são compostas por microempresas, justamente os elos mais frágeis dessa importante cadeia.

5 – Comércios de alimentação afetados pelo Covid-19

Da mesma forma que as indústrias têm sido afetadas pelos efeitos causados pelo Covid-19, os comércios e diversos serviços de alimentação também têm provado desses efeitos. 

Bares, restaurantes e outros empreendimentos de alimentação têm sofrido com o isolamento durante o período de quarentena. Muitas cidades, antes do dia 20/03 decretaram o fechamento de seus comércios, mantendo apenas serviços essenciais. Dessa forma, bares e restaurantes foram fecharam como medida preventiva da propagação do vírus.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o brasileiro gasta cerca de 25% de sua renda com alimentação fora do lar. Além disso, o estudo apresentado pela Associação de Bares e Restaurantes (Abrasel), o mercado de gastronomia apresentou um crescimento acima de 10% nos últimos anos. 

Destaca-se que esse setor gera todos os anos mais de 450 mil novas oportunidades de empregos. Em números reais, Abrasel aponta que o setor movimentou cerca de 3,08 bilhões de reais em 2019, versus 2,93 bilhões de reais em 2018.

5 a – Restaurantes fechados pelo Covid-19

De acordo com hipóteses estimativas realizadas pela Abrasel, ainda sem números precisos sobre o efeito do confinamento social causado pelo COVID-19, acredita que cerca 10% dos restaurantes podem ter as suas portas fechadas definitivamente. É importante destacar que esse número ainda se trata de uma estimativa, até o momento não é possível ter números precisos para afirmar os efeitos dessa crise.

Temos observado como diversos donos de empreendimentos sentem a insegurança em relação a essa crise, principalmente, no que se refere às despesas financeiras, como o pagamento de salários, aluguéis, impostos, fornecedores, entre tantas outras demandas.

O que vemos é que a maioria dos empreendimentos não acharam uma solução, por mais que muitos bares e restaurantes buscaram alternativas como o delivery. Na maioria dos casos a sobretaxa que empresas desse tipo de serviço utiliza pode chegar a 30% do valor bruto da compra, o que têm tornado esse serviço inviável.

5 b – Os comércios são afetadas significativamente pela pandemia

Alguns comércios em regiões específicas da cidade de São Paulo têm sentido ainda mais esse efeito, como por exemplo:  restaurantes em regiões da Avenida Faria Lima, Avenida Berrine, Avenida Paulista, ou tantas outras regiões comerciais. 

Essas regiões são conhecidas pela movimentação comercial e durante essa quarentena aderiram maciçamente ao home office. Se remotamente, esses empreendimentos estavam acostumados a terem os seus cafés da manhã e almoços lotados por funcionários engravatados, nesse momento estão tendo que fechar suas portas definitivamente por falta de demanda e consequente impossibilidade de se manterem.

Igualmente esse cenário tem se repetido em diversos endereços e bairros que são reconhecidos pelos seus bares, restaurantes e baladas, com a movimentada vida noturna. Vale a lembrar que muitos empreendimentos se anteciparam em relação ao decreto de fechamento e antes que esses viessem já haviam fechado as suas portas como forma de combater a contaminação do vírus.

5 c – Microempreendedores sentem a crise de forma mais severa

Mais uma vez o que se percebe é a severidade dos problemas ocorrendo com empresas menores. Com o crescente número de microempreendedores individuais (MEIs) no país – que em 2020 ultrapassou a marca de 9 milhões. A área de alimentos destaca-se entre os mais buscados para a formalização, como podemos analisar nos dados apresentados abaixo:

    • Lanchonetes, casas de chás e de sucos já correspondem a mais de 251 mil microempreendedores.
    • Minimercados, mercearias e armazéns correspondem a mais de 208 mil MEIs
  • Fornecimento de alimentos para consumo domiciliar correspondem a mais de 248 mil MEIs

Caso esses empreendimentos não se adequem a uma realidade que está sendo posta mundialmente, a fragilidade da situação pode  afetar de maneira significativa e impiedosa.

6 – As oportunidades de renda no setor alimentício 

Ao se analisar a busca por oportunidades de geração de renda, os negócios que envolvem alimentação estão sempre entre os mais buscados. Por exemplo, podemos citar o caso de pessoas que possuem um emprego formal e “por fora” vendem produtos alimentícios – é algo que tem grande recorrência na vida dos brasileiros.  

Também temos diversos casos de indivíduos que trocam um emprego formal para se dedicarem inteiramente a empreender em serviços de alimentação. Nesse momento de crise, essa realidade pode ser expressivamente alterada, assim como a vida cotidiana foi. 

Vale ressaltar que nesse momento de crise tivemos um aumento significativo nos pedidos feitos por meio do serviço de delivery, cerca de 30% de crescimento no número de pedidos. Dessa forma, aqueles restaurantes e empreendimentos que já desenvolviam esse tipo de serviço tiveram a sua demanda aumentada. Isso tem significado uma possibilidade de continuação dos trabalhos para tantos outros empreendimentos. 

6 a – Comércio eletrônico X setor de eventos

O levantamento feito pelo Ebit/Nielsen aponta que o comércio eletrônico teve um crescimento de 18,5% no período de 31 de março a 6 abril de 2020   O aumento é importante, mas ainda é baixo se considerarmos a saúde financeiras das empresas antes da chegada da pandemia. 

Não podemos esquecer a situação de empresas de alimentação que atendem especificamente ao mercado de eventos. Diante da pandemia, seus contratos foram cancelados e solicitações de ressarcimento feitas.  

O setor de eventos tem uma parcela importantíssima no cenário de alimentação, considerando que é um segmento que movimenta cerca de 50 bilhões de reais por ano em todo o Brasil, com crescimento anual de até 14%, de acordo com dados da Associação Brasileira de Empresas e Eventos. As empresas como: buffets, produção de doces finos, serviços de bar para eventos, entre outros serviços foram severamente afetados. 

7 –  Medidas que podem ajudar a empreendimentos de alimentação diante da crise do covid-19

O momento atual tem solicitado de pessoas e empresas a prática de resiliência que em outros momentos não foram tão demandados. 

Compreender como a crise gerada pelo COVID-19 está afetando empresas do ramo alimentício é um dos primeiros passos, para que assim assistências, sobretudo governamentais, apareçam e evitem o fechamento dessas empresas.  

Uma série de pacotes e medidas já foram apresentadas pelos governos a fim de diminuírem a nocividade gerada pelo isolamento social. Separamos a seguir algumas das principais medidas.

7 a – Caixa Econômica em parceria com Sebrae

O anúncio realizado pela Caixa Econômica em parceria com o Sebrae – no dia 20/04/20 – que consiste em oferecer 7,5 bilhões de reais em crédito para microempreendedores individuais (MEI), micro e pequenas empresas. 

O crédito será ofertado na forma de uma linha especial, contudo, para isso micro e pequenas empresas precisam ter faturamento máximo de R$ 4,8 milhões por ano, precisam estar com as contas pagas em dia e terem mais de 12 meses de abertura.

Pelas condições oferecidas, os empreendedores contarão com uma carência de 9 a 12 meses, pagamento entre 24 e 36 meses, com taxas até 40% menores.  O valor máximo estipulado para microempreendedor individual (MEI) é de até 12,5 mil reais; para microempresas (ME) de até 75 mil reais e para empresas de pequeno porte (EPP) são de até 125 mil reais. Os juros ao mês são: 

    • 1,59% para MEI,
    • 1,39% para ME 
  • 1,19% para EPP.

7 b – Apoio da Abrasel, Fecomércio e Amobitec

A Abrasel tem desempenhado um importante papel na busca por levar soluções e informações a seus associados. Juntamente com outras instituições, são elas: Associação Brasileira Online to Offline (ABO2O), Fecomercio SP, Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec) e algumas das principais plataformas de tecnologia. 

Foi lançado   na semana do dia 20/04/20 o “Guia para uma entrega segura em casa para todos”. De acordo com a Abrasel o objetivo do guia “é ajudar empresas, clientes e parceiros a cumprirem as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) no combate e na prevenção da Covid-19, partindo das especificidades de cada tipo de entrega e cada etapa do processo.” 

O guia ainda tem por função ajudar na padronização de boas práticas de fabricação, trazendo recomendações de como proceder com mercadorias, alimentos, pacotes e refeições de forma geral.

7 c – Outras medidas da Abrasel

Outra medida adotada pela Abrasel foi disponibilizar um número no aplicativo WhatsApp para que restaurantes, bares e lanchonetes pudessem tirar dúvidas a respeito do COVID-19 e como proceder diante das situações geradas pela contaminação do vírus. 

A busca por transparência também tem sido um pedido feito pela Abrasel em nome dos empreendimentos que tem sofrido com a pandemia. A transparência solicitada vem após o Ministério da Saúde definir alguns parâmetros para a reabertura de estabelecimentos.  

Pede-se transparência na apresentação dos números e resultados em diversas localidades afim de se entender: Qual cidade está no caminho certo? Qual cidade ainda precisa melhorar? Quando os empreendimentos poderão abrir as portas em cidades que estão no caminho certo em relação a propagação do COVID-19.

8 – Negócios se reinventam mediante à crise

Além das medidas institucionais que têm sido adotadas por associações, o olhar para dentro do próprio negócio tem trazidos alguns pontos positivos frente a pandemia. Os negócios estão tendo que se reinventar, buscar alternativas que possibilitem, em um âmbito mais individual, a perpetuidade do trabalho é fundamental. 

Podemos citar algumas ações, ideias como a criação de kits para festas individuais, tem cada dia mais se propagado como uma alternativa aos diversos eventos que ocorreriam nos meses de isolamento social. Nessa modalidade, kits individuais são enviados a convidados selecionados e com isso por vias remotas a festa pode acontecer. 

8 a – Ações que apoiam a reinvenção do setor de alimentação

Outra ação que tem ajudado a muitos empreendimentos é o chamado “compre agora por menos e receba mais depois”. Como exemplo temos a campanha “Apoie Um Restaurante”, que foi iniciada pela marca de cerveja Stella Artois e agora conta com a parceria de Nestlé e Nespresso. 

Nessa campanha há a disponibilização de mais de 100 mil vouchers que, além de restaurantes, também passam a beneficiar bares, cafeterias e confeitarias. Os vouchers são comprados com 50% de desconto e depois pode ser consumido 100% em produtos no empreendimento escolhidos. Cerca de 4300 estabelecimentos estão cadastrados e até agora cerca de 90 mil vouchers já foram comprados beneficiando cerca de 3400 empreendimentos. 

Destaca-se que campanhas como a “Apoie um Restaurante” tem como princípio o apoio ao pequeno empreendedor. O apoio as pequenas empresas tem sido uma campanha motivada por muitas celebridades e pessoas públicas que expõe sua opinião por meio de mídias sociais como o Instagram. 

8 b – Apoio ao pequeno empreendedor

O apoio ao pequeno empreendedor, sem dúvida, mostra-se uma das formas mais coerentes de manter a normalidade da nossa economia ao fim dessa pandemia. 

Apoiar as pequenas empresas significa buscar comprar de um mercadinho menor, ao invés dos grandes atacadistas; preferir produtos caseiros em vez de industrializados; olhar de forma atenta ao entorno e repensar as escolhas com a finalidade de efetuar uma compra consciente. 

Ter uma compra consciente significa dar sentido a existência de empreendimentos e preservar os pequenos produtores e empresas, de uma forma a micro e macro por meio de escolhas mais assertivas. 

É importante mencionar que alguns chefs de cozinha estão trabalhando com o delivery e realizando entregas pessoalmente. Isso tem sido uma forma de garantir ao máximo a inocuidade dos alimentos num cenário de pandemia mundial. E claro, evita as taxações excessivas que, como já falamos, têm sido cobradas pelas empresas de entregas e serviços de delivery. 

9 – Medidas dos órgãos de saúde que também englobam o setor de alimentos

A maior parte das indústrias estão adotando medidas com base nas recomendações dos órgãos de saúde, promovendo o distanciamento e isolamento social, são elas:  

    • Home office para o setor administrativo; 
    • Mudanças nas rotinas das empresas com a finalidade de evitar que muitos funcionários almocem no mesmo horário, 
    • Escalas de trabalho reduzidas ou trabalhando em escalas de revezamento;
    • Home office, afastamento ou férias para pessoas que estejam no grupo de risco ou que tenham familiares que se enquadrem nesse grupo; 
    • Ações de conscientização da importância da lavagem das mãos e de boas práticas que diminuam o contato social e, por conseguinte, o contágio e propagação do vírus;
    • Uso de máscaras a partir do momento de entrada na empresa;
    • Distribuição de álcool gel e o espalhamento do mesmo pelas dependências da empresa;
    • Não necessidade de “bater o ponto” através da digital;
    • Aferição de temperatura de funcionários ao chegarem à empresa, entre muitas outras medidas.

 Todas as ações que vêm sendo apresentadas pelas instituições são formas de manter a saúde financeira das empresas no setor alimentício.  

10 – Setor de alimentos é, também, elo da nossa cadeia.

No cenário que estamos vivendo, devemos sempre pensar nas nossas ações individuais e coletivas. Ter uma compra consciente está muito além de comprar apenas o que será consumido, e sim, pensar como as pessoas serão atingidas por essa escolha.  

Os dados de pesquisas ainda não são precisos, tudo ainda é muito incerto. Diante disso, o que temos certeza é que a solução não será individual e sim coletiva. Entender que somos elos de uma cadeia e que todos têm igual importância é questão fundamental para conseguirmos nos reerguer.

Se você tiver dúvidas sobre o assunto ou desejar fazer suas considerações, deixe seu comentário ou escreva diretamente para o(a) autor(a): lucioroberto@vamosescrever.com.br.

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