O planejamento estratégico de uma empresa é um instrumento que integra um conjunto de tarefas maiores, de maneira disciplinada e organizada, visando atingir objetivos que a levarão a um futuro melhor, segundo definição do SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). Em função dessa abrangência, ele deve ser desenvolvido conjuntamente pelas principais lideranças da organização.
Os fundamentos do planejamento estratégico
Ainda segundo o Sebrae, planejar estrategicamente significa compatibilizar as oportunidades oferecidas pelo ambiente externo às condições empresariais internas, com seus pontos positivos e negativos, de forma que se conquistem os objetivos futuros. Assim, o plano estratégico, em resumo, deverá responder a três perguntas centrais:
- Onde estamos?
- Para onde queremos ir?
- Como chegar lá?
Logicamente, essas perguntas devem ser respondidas pelas principais áreas sobre as quais a empresa está estruturada, geralmente abrangidas pelos departamentos financeiro, administrativo, de produção e de comercialização. Suas respostas conduzem, respectivamente, a:
- A análise dos cenários interno e externo;
- Os objetivos para cada uma das áreas envolvidas;
- O estabelecimento das estratégias para alcançar as metas desejadas.
A importância do planejamento financeiro nas estratégias da empresa
Neste post, falaremos de maneira mais aprofundada sobre a importância do planejamento financeiro dentro do plano estratégico.
Lawrence Gitman, professor da Michigan State University e autor de diversos livros e artigos importantes na área de Administração — entre eles o conhecido Princípios da Administração Financeira — disse: “O planejamento financeiro é um aspecto importante para o funcionamento e sustentação da empresa, pois fornece roteiros para dirigir, coordenar e controlar suas ações na consecução de seus objetivos.”
Dentro do plano estratégico, o planejamento financeiro tem uma função vital para a sobrevivência, consolidação e crescimento da empresa. Somente com o controle do caixa, será possível antever se haverá liquidez para saldar os compromissos e gastos necessários ao andamento do negócio, como por exemplo:
- Folha de pagamento;
- Impostos;
- Giro de estoque;
- Despesas operacionais;
- Manutenção e aquisição de equipamentos etc.
A escolha do regime tributário ideal
Um dos principais pontos do planejamento financeiro é a avaliação sobre o regime tributário que está sendo adotado pela empresa. Ele pode ser fator determinante nos resultados financeiros a cada exercício, tanto de forma positiva como negativa. Muitas empresas acabam fechando devido à inadequação do sistema tributário escolhido.
Atualmente, existem cinco regimes de tributação, cada um deles com suas características, pontos fortes e pontos fracos para a empresa. Um bom contador saberá escolher qual é a melhor opção de acordo com a principal atividade do negócio. São eles:
- SIMEI, sistema de tributação exclusivo para o Microempreendedor Individual (MEI);
- Simples Nacional ou Super Simples;
- Lucro Real;
- Lucro Presumido;
- Lucro Arbitrado.
Muitos empresários ainda não sabem que a empresa não precisa permanecer vinculada ao mesmo regime tributário de quando iniciou suas atividades. A modalidade pode ser mudada a cada ano fiscal, dependendo da necessidade. É lógico que essa decisão deve ser tomada em conjunto com um profissional contábil de confiança, uma vez que só ele terá condições de fazer a avaliação correta, a partir do comportamento do ano fiscal que está se encerrando.
Ainda com relação ao Fisco, é preciso atentar rigorosamente às incidências de impostos e alíquotas corretas e, ainda, às datas de pagamento — que muitas vezes se sobrepõem em determinados dias. Sem falar que algumas dessas obrigações legais devem ser declaradas em meio digital, enquanto outras ainda se encontram fora desse ambiente.
É bom saber que existem sistemas de processamento de notas fiscais e outros documentos legais, que realizam essas operações de forma automatizada, evitando falhas humanas. Além disso, ao serem alimentados pelas inúmeras modificações diárias nessas obrigações legais, sincronizam todo o processamento, promovendo as alterações necessárias à medida que ocorrem. Tudo isso contribui muito para o planejamento financeiro e define as melhores ações e metas a serem traçadas no planejamento estratégico.