CMV: O Que É E Como Calcular O Custo De Mercadoria Vendida
CMV: o que é e como calcular o Custo de Mercadorias Vendidas
Publicado em

março, 2023

Escrito por

Arquivei

O Que É E Como Calcular O Custo De Mercadorias Vendidas (CMV)

Você sabe o custo dos produtos ou serviços oferecidos pela sua empresa? Se não, deveria. Para isso, existe o Custo de Mercadorias Vendidas, ou CMV, uma métrica importante para ajudá-lo a obter uma visão geral completa das finanças de sua empresa.

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Sabe o custo dos produtos ou serviços oferecidos pela sua empresa? Você sabe como calcular o CMV? Pois essa é uma tarefa essencial! Nesse sentido, existe o Custo de Mercadorias Vendidas (CMV), uma métrica importante para te ajudar a obter uma visão geral completa das suas finanças.  

Antes de tudo, administrar uma empresa exige um conhecimento completo dos princípios contábeis, e o CMV é uma medida integral que pode ajudar a aumentar vendas e garantir mais lucratividade.

Sendo assim, neste artigo, vamos explicar o que é o CMV, como calculá-lo e por que ele é importante para o seu negócio.

O que é CMV (Custo de Mercadorias Vendidas)?

Primeiramente, o Custo de Mercadorias Vendidas (CMV) refere-se aos custos diretos necessários para produzir as mercadorias ou serviços vendidos por uma empresa durante um determinado período.

São os gastos com a produção ou compra do item do preço final de venda e o CMV ajuda a descobrir quanto foi lucrado com a transação. Ou seja, o quanto recebeu pela venda após a dedução dos custos de produção/compra.

Além disso, o CMV é indicado para pequenas indústrias e estabelecimentos comerciais nos quais não há grande variação de custos, ou seja, onde há algo mais próximo de um custo padrão.

Uma empresa normalmente incorre em dois tipos de custos: diretos e indiretos.

Custos diretos são custos que podem ser rastreados até um produto, serviço ou atividade específica. Isso inclui os custos diretos de materiais, mão de obra, comissões e muito mais.

Os custos indiretos, no entanto, são custos cruciais para o processo de produção, mas difíceis de rastrear até qualquer objeto específico de produção. Isso inclui despesas gerais como utilitários, limpeza e material de escritório, aluguel e assim por diante.

Qual o CMV dos seus produtos?

Ao calcular o CMV, você só precisa levar em consideração os custos diretos de produção.

Por exemplo, considere uma empresa que obtém matérias-primas de um fornecedor externo. Nesse caso, o CMV incluirá o custo de conversão – o custo de produção necessário para converter matérias-primas em produtos acabados – e outros custos envolvidos em trazer o estoque à sua localização e condição atuais.

Se tomarmos o exemplo de uma empresa de serviços, o CMV incluirá custos diretos de mão de obra, impostos sobre a folha de pagamento e benefícios de trabalhadores que geram horas faturáveis.

Quer saber quanto cada produto representa em custos? Então acesse nossa Planilha de Análise de Despesas por Produto.

Como calcular o Custo de Mercadorias Vendidas?

Há várias formas de calcular o CMV e entender os custos das mercadorias vendidas de acordo com o estoque. O cálculo CMV pode considerar um valor por produto unitário, um percentual sobre o faturamento ou mesmo um valor geral a ser apurado a cada mês ou período determinado. 

Para calcular, você pode seguir esta fórmula:

  • CMV = estoque inicial + compras adicionais – estoque final

Estoque inicial: é o valor que corresponde pelo custo do estoque disponível no início de um período especificado. O estoque inicial inclui os produtos e matérias-primas que não foram vendidos no período anterior.

Compras adicionais: A segunda parte da fórmula exige a tabulação de quaisquer compras ou acréscimos que você fez ao seu estoque durante um período ou trimestre em questão. Isso inclui os custos de mão de obra direta, materiais diretos e despesas gerais diretas, como despesas de depósito, aluguel e eletricidade diretamente ligada à produção dos bens ou serviços em questão. Se os materiais foram adquiridos com desconto, você precisará usar o número original antes de reduzir a economia.

Estoque final: Você tem a maioria dos números de que precisa após essas etapas, mas ainda resta um importante: o custo do seu estoque final do período relevante. Este é o custo do estoque que a empresa possui no final do período especificado. O estoque final inclui os produtos e matérias-primas que não foram vendidos durante o período.

Para melhorar a gestão financeira da sua empresa, confira o nosso conteúdo sobre 5 etapas para um planejamento financeiro eficaz.

Exemplo de cálculo CMV

Imagine que você está calculando o custo das mercadorias vendidas para um varejista no ano passado. Usando as três etapas anteriores, você determinou que seus custos de estoque no início do ano eram de R$ 300.000, eles fizeram R$ 400.000 em compras ao longo do ano e tiveram custos de estoque de R$ 150.000 no final do ano. Usando a fórmula dos custos do bem vendido, vemos que:

R$ 300.000 + R$ 400.000 = R$ 700.000 – R$ 150.000 = R$ 550.000

O custo das mercadorias vendidas ao longo do ano para este varejista foi de R$ 550.000.

CMV por produto

Com fórmula do CMV você também pode calcular custo do produto unitário, com a diferença de que isso exige um cálculo para cada tipo de item. Por exemplo, em um mercado, a fórmula pode ser usada para encontrar o CMV unitário do refrigerante, da água mineral, dos laticínios, das frutas e verduras e de todos os demais produtos que vende. 

Neste caso, é preciso encontrar o EI de cada grupo, assim como quanto foi investido em compras nele e também o seu EF. Veja um exemplo:

No início do mês, uma lanchonete possuía R$ 400 (500) em EI de refrigerantes

Em 30 dias, ela comprou R$ 800 (1000) em refrigerantes (C)

Ao final do período, chega com R$ 450 em estoque (EF).

Logo, temos:

CMV = R$ 400,00 + R$ 800,00 – R$ 450,00 

CMV = R$ 750,00

Sendo assim, com o CMV a R$ 750,00, se você vendeu R$ 2.000 em refrigerantes no mês, seu lucro bruto foi de R$ 1.250,00 com esse produto.

CMV por faturamento

Bem como o CMV por produto, outra forma de encontrar o CMV é a partir de um percentual sobre o faturamento. Nesse caso, o cálculo é para encontrar o percentual médio de custos sobre o total de notas fiscais emitidas (ou seja, seu faturamento). Em seguida, aplica-se o resultado de maneira uniforme a todos os produtos vendidos.

Por exemplo, uma boa forma de fazer isso é conhecer o seu custo fixo, dividir esse valor pelo faturamento e multiplicar por 100. 

Por exemplo: se você fatura em média R$ 15 mil em determinado mês e tem R$ 1,5 mil como custo médio (1.500/15.000 x 100), terá 10% de custo percentual.

Vale lembrar que, o CMV geral de um negócio pode ser encontrado no DRE (Demonstrativo de Resultado do Exercício). Nele estão registrados os custos de mercadorias vendidas separados das outras despesas do negócio, mostrando exatamente qual o lucro bruto e o resultado líquido da empresa. 

O que não entra no cálculo CMV?

A definição dos itens que não devem ser incluídos no cálculo do CMV depende do método contábil adotado pela empresa e das normas contábeis aplicáveis em cada jurisdição. Em geral, a exclusão de determinados itens do CMV está relacionada ao fato de que eles não representam custos diretos da produção ou aquisição das mercadorias vendidas.

Há despesas comuns a todo o tipo de negócio, mas que não incidem sobre o custo das mercadorias. Veja quais são:

  • Impostos incidentes sobre vendas, como PIS, Cofins e ICMS
  • Despesas administrativas, como gastos fixos com telefonia, internet e aluguel
  • Despesas operacionais, como frete
  • Despesas financeiras, como juros sobre empréstimos
  • Despesas com vendas, como comissões.

Da mesma forma, as despesas administrativas, como gastos fixos com telefonia, internet e aluguel, não são consideradas no cálculo do CMV porque não estão diretamente relacionadas à produção ou aquisição das mercadorias vendidas.

Todos esses gastos são deduzidos após o cálculo do lucro bruto para chegar ao lucro líquido do negócio, que é o dinheiro que efetivamente sobrou no período.

Qual é o CMV ideal?

É difícil definir um valor “ideal” de CVM, pois o valor pode variar de acordo com vários fatores, incluindo a indústria em que a empresa atua, a estrutura de custos e a estratégia de preços.

Porém, para determinar se o CMV de uma empresa está adequado é necessário compará-lo com as práticas do setor e com a análise da margem bruta (diferença entre as receitas e o custo dos produtos vendidos).

Uma margem bruta alta pode indicar que a empresa está vendendo seus produtos por um preço elevado, o que pode ser positivo se a demanda justificar o preço.

Por outro lado, uma margem bruta baixa pode indicar que a empresa está enfrentando uma forte concorrência ou está enfrentando problemas com sua estrutura de custos.

Conclusão

Em síntese, o CMV influencia o lucro bruto que sua empresa obtém. Seu lucro bruto deve ser suficiente para cobrir despesas gerais, custos de juros e impostos e ainda deixar um lucro líquido razoável. Portanto, não deixe de monitorar o custo das mercadorias vendidas para ver o quão eficiente sua empresa usa mão de obra e materiais.

Pois, se você está gastando muito para criar seu produto, não ganhará o suficiente para ter um lucro líquido. Sendo assim, ao calcular esses valores, você pode identificar em alguns casos de que precisa reduzir os custos de material ou melhorar a produtividade.

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