No universo corporativo, o planejamento financeiro é um dos temas mais recorrentes entre os empreendedores. Afinal, o objetivo de qualquer empresa é obter recursos financeiros que promovam vantagens competitivas e incentivem sua expansão no mercado, e o bom planejamento certamente tem um papel importante para atingir estes objetivos. Mas em muitas pequenas e médias empresas, a organização financeira nem sempre ocupa o topo da lista de prioridades dos gestores, o que faz com que eles não tenham uma perspectiva real da saúde do negócio.
De acordo com o Sebrae, mais de 70% das micro e pequenas empresas do Brasil fecham as portas nos primeiros cinco anos de atuação no mercado simplesmente por falta de planejamento, e o aspecto financeiro tem uma grande notoriedade nesta estatística. A seguir, preparamos algumas dicas importantes e necessárias que você deve seguir para fazer um bom planejamento financeiro e evitar que sua empresa caia na lista das que ‘entraram no vermelho’. Acompanhe:
1. Separe suas despesas pessoais das despesas da empresa
Uma das principais atitudes que prejudicam o bom gerenciamento das finanças empresariais de uma empresa é misturar as contas do negócio com as pessoais. Embora separar as despesas seja uma tarefa complicada, principalmente para o pequeno e microempresário, ela é extremamente necessária para o sucesso financeiro da sua organização. Caso ela sejam tratadas na mesma conta, o gestor não conseguirá verificar os valores movimentados, monitorar todos os gastos e fazer um planejamento financeiro efetivo.
2. Realize um planejamento orçamentário
Ao investir em um negócio, seja numa empresa própria ou franquia, o gestor deve ter a plena consciência de que levará anos para ter o retorno do dinheiro investido. Por isso, é recomendável que você realize um planejamento orçamentário com um investimento inicial de 18 meses de operação até que a empresa consiga seus primeiros clientes. Esta dica é fundamental para negócios inseridos em mercados que envolvam riscos, como os das startups.
Em outros setores como o da medicina, por exemplo, são necessários até 40 meses de fluxo de caixa sem entradas, pois a validação das soluções e a aprovação nos Conselhos de Medicina podem demorar bastante. Já suas finanças pessoais precisam sobreviver pelo menos dois anos em um cenário em que seu negócio ainda não fatura. Isso é importante mesmo que você trabalhe em um setor em que envolvam poucos riscos.
3. Foque no gerenciamento do fluxo de caixa
O fluxo de caixa é um instrumento indispensável na gestão financeira de qualquer empresa, pois dá ao gestor uma visão ampla do seu negócio e o orienta sobre as entradas e saídas de verba num determinado período de tempo, permitindo que ele saiba se a empresa está operando com ‘folga’ ou ‘aperto’ financeiro. Ao ter um controle rigoroso do seu fluxo de caixa, você conseguirá garantir um balanço sempre positivo, de forma a gerar lucros e poder usá-los na melhoria dos seus produtos ou serviços.
Mas para isso, você precisa primeiramente saber quais são seus gastos e suas receitas. A partir daí, será possível criar a chamada projeção de fluxo de caixa, que mostra como o seu fluxo deverá se comportar no futuro. Esta projeção é fundamental, pois permite que o gestor tome decisões mais certeiras para cortar gastos com antecedência – caso seja necessário – além de buscar novas fontes de receita e aumentar os investimentos em um determinado setor da empresa.
Importante: uma vez comprometida a verba é interessante investi-la sem a preocupação de que quanto mais economia melhor. Tanto em negócios B2B quanto B2C existem custos para adquirir um cliente como viagens, telefonemas, salário dos vendedores, verba investida em marketing. Fazer o acompanhamento das vendas exige que esse dinheiro reservado seja investido. A economia exagerada pode transformar seu negócio num “zumbi”, fazendo com que ele apenas morra lentamente se você não gerenciar o fluxo de caixa e investir o que foi comprometido.
4. Respeite sua capacidade financeira
No cenário econômico atual a busca pela inovação tornou-se uma necessidade, exigindo das empresas investimentos constantes. Mas o grande erro dos gestores é não considerar sua capacidade econômica na hora de investir, seja na contratação de um serviço ou na compra de uma nova tecnologia. Por isso, a organização e o planejamento devem fazer parte do cotidiano de qualquer empreendedor, pois assim ele poderá controlar as contas a pagar, saber onde e quando investir os recursos financeiros da empresa, e impedir que o fluxo de caixa fique negativo.
Cuidado especial também ao tomar empréstimos: negocie linhas de crédito com valores de juros baixos. Isso permite mais fôlego na hora de quitar o empréstimo e dá mais tranquilidade para sua empresa trabalhar.
5. Invista em um software online de gestão
Nas primeiras semanas da sua empresa você até pode anotar tudo no papel. Mas, conforme ela for crescendo, você certamente terá a necessidade de fazer melhorar o modo como controla as finanças do negócio. Nesta hora, a adoção de um software online de gestão – como o Zeropaper ou ContaAzul – é fundamental, pois eles auxiliam no controle financeiro e na organização do fluxo de caixa da sua organização.
Uma plataforma online também irá otimizar o trabalho da empresa, integrar seus diversos setores, monitorar todos os gastos, manter as informações do negócio sempre seguras e realizar diversas outras funções por um preço bastante acessível, fazendo com que você economize tempo e recursos financeiros que são imprescindíveis para a organização crescer em tempos de crise.
O que você faz para planejar as operações financeiras do seu negócio? Tem alguma outra dica de como manter as finanças sempre controladas? Conte pra gente ou deixe sua dúvida nos comentários!
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Diego Cordovez é CMO da Viddheo, um software de inside sales para empresas de software fazerem incríveis demonstrações remotas.